Educação e Mídia

Quando tratamos de assuntos muito universais como este, como mídia e informação, é muito difícil fazer a separação dos argumentos que realmente podem ser fortes o suficiente para serem sustentados, como temos que começar por algum lugar, tentaremos esclarecer o sentido para o que nós estamos tratando.

A primeira questão: qual é o futuro da mídia e da informação? Há uma visão de progresso crescente no desenvolvimento científico, mas existe um caminho traçado para o futuro da informação? Não, esta resposta talvez não encontraremos; mas o mundo em rede propiciou a todos uma interação muito grande, rompeu com a tradição unicamente ocidental, e abre espaço ao oriente, o que era um mundo do desconhecido passou a ser próximo.

A China tem o maior público em rede de usuários no mundo e a Índia como a principal criadora de softwares do mundo nos mostra que a mídia realmente pode aproximar pessoas de várias idades, etnias e gêneros; consegue além de tudo  contribuir com a disseminação de informação, mas não consegue ligar classes sociais nos mesmo interesses, não consegue solucionar as problemáticas da fome, pobreza e educação.O índice de pessoas das classes D e E, que são as menos instruídas, que utilizam apenas a TV como fonte de informação é muito volumoso, as classes A, B e C, teêm sempre mais fontes de informação, não podemos dizer que democracia seja simplesmente direito de escolha.

A mídia certamente se submete aos interesses econômicos que cada país acha que deve ser defendido, a grande parte da população não consulta não pesquisa e aceita a massificação das idéias, podemos ver exemplo do Irã que até a Internet tem restrições.

O papel da mídia hoje esta mais voltado na capacidade de deixar o usuário alienado, criando os sujeitos em simples consumidores, é claro que temos bons exemplos que acompanham também a nossa nova geração de informação, como no exemplo do texto “Mídia e Meio Ambiente. de Souza, Cidoval e Fernandes, Francisco, que expõe novas possibilidades de utilizar um canal educativo na rede aberta de TV  para discutir com a sociedade os novos caminhos para a preservação do meio ambiente na busca de um mundo mais sustentável.

A educação precisa se modernizar para acompanhar o  criacionismo tecnológico, mas antes de tudo, precisa se auto avaliar e definir qual será o seu papel nessa nova sociedade autônoma, quais valores éticos que precisam ser mantidas para que possamos criar condições de desenvolvimento humano, não estamos preparados para as problemáticas que a tecnologia não solucionam. A depressão e a obesidade já se transformaram nas principais causas de morte no mundo, e nós cada vez mais afastados uns dos outros, ligados por fios e máquinas.

Perante uma constatação da realidade, se percebe que ainda há um abismo entre as relações humanas e a tecnologia, e diante de tantas coisas verossímeis, a única pergunta que permanece. Qual será nosso futuro na sociedade tecnocrata?
Texto de João Coelho