sexta-feira, 29 de abril de 2011

Universidade Estadual de Goiás
Unidade Universitária de Goiânia – Laranjeiras
Curso de Especialização em Docência Universitária
Disciplina : Novas Tecnologias e Educação
Aluna : Karine Cardoso Leal
Prof. Ms. Valdirene Alves de Oliveira




Síntese dos assuntos abordados:Exclusão Digital de Sérgio Amdeu da Silveira
e o Documentário Encontro com Milton Santos.

Milton Santos foi um dos grandes críticos da globalização. O geógrafo ressalta em entrevista no filme que nunca houve uma diferença tão acentuada entre o Norte e o Sul, o que acabou gerando uma dependência maior dos pobres. A concepção que o pensador tem sobre o processo de globalização é o que mais interessa no filme.Para ele, apesar de o fenômeno ser inevitável, é possível mudar a forma como se processa, deixando de beneficiar apenas os países mais ricos em detrimento dos mais pobres.

O momento mais interessante no filme, a meu vê, é quando um grupo de turistas vão fazer o que chamam de safári na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, enquanto moradores da mesma comunidade vão passear e se deslumbrar em um shopping center. Milton Santos costumava dizer que a globalização é uma fábrica de perversidade.

Esse documentário mostra a lucidez de um grande intelectual brasileiro com uma grande capacidade crítica deste fenômeno inevitável que é a globalização em pleno vapor em todo o mundo, porém, cada vez mais veloz com grandes desigualdades sociais, financeiras, de oportunidades na vida dessas pessoas.Principalmente, nos países em desenvolvimento como é o nosso caso específico.

Em síntese essas dificuldades de sobrevivência intelectual, financeira, proficiional tornam-se uma bola de neve, devido, a vivermos sujeitos aos políticos eleitos pela própria população sem nenhum princípio ético para administrarem nossas vidas diretamente.Na verdade o que fazem de fato é enriquecerem seus próprios bolsos só aumentando as desigualdaes sociais existentes. Enquanto não combatermos a corrupção no Brasil como crime e para tanto punir severamente esses “ratos de porão” colocando ordem e responsabilidade para quem for ter acesso ao dinheiro público, nunca vamos acabar de fato com a desigualdade social não só no nosso país, mas, em todos os países em desenvolvimento que sofrem dessa mesma falta generalizada de vergonha na cara de usurpar os cofres públicos.

Neste segundo tópico ao abordar o assunto sobre Exclusão Digital do autor Sérgio Amadeu da Silveira é sem dúvida uma das maiores preocupações de todos os governantes, dirigentes, entidades e sociedade como um todo. Pois, estamos em plena revolução tecnológica mundial em todas as áreas seja ela robótica, eletrônica, genética,etc. Praticamente respiramos tecnologia todo o tempo e isso já faz parte do nosso cotidiano.

A maior preocupação do autor quando fala da inclusão social via inclusão digital é o acesso a informática mais precisamente aos computadores, sem dúvida, esse é o primeiro passo para essa inclusão tanto em laboratórios em sala de aula, bibliotecas, etc. Mas, ele lembra a realidade da informatização em massa que é avaliar o uso didático –pedagógico corretamente para cada público específico e buscar formar adequadamente os professores para repassarem essa ferramenta tão importante nos dias atuais. No Brasil ainda encotramos escolas com laboratórios de informática não utilizados por falta de instrutores capacitados.

Falar que a inclusão digital via o uso de computadores em sala de aula resolve o problema da exclusão digital não é suficiente, pois, grande parte dos brasileiros não estão na escola e os que estiveram a dez anos atrás não tiveram esse contato, e outra maioria não possuem computadores, e o pior o preço de um computador no Brasil é carissímo quando em comparação ao salário mínimo vigente.Enfim, não tendo uma visão pessimista mas realista acho que estamos caminhando em pequenos passos para realmente atingir o problema em questãoo analfabetismo funcional.

O autor nos traz a tona o exemplo ocorrido no Governo de Clinton em sua primeira gestão que implantou em todas as escolas americanas computadores e não deu certo. Porque faltou uma política de qualificação dos professores, uma diretriz pedagógica de cada professor em sua área específica para aproveitar essa ferramenta e fazer uso em suas disciplinas. Em resumo não adianta colocar internet nas escolas se os professores não sabem utiliza-la para ministrar suas aulas. Com certeza se torna uma ferramenta em desuso.

O autor fala também sobre a democratização da informação pelo software livre como por exemplo ele cita : os telecentros em centros comunitários, oficina comunitária, clube digital, cabine pública, entre outros mantidos por ONGs e particulares. Cita também os mantidos por verbas públicas como o Farol do Saber das bibliotecas da Prefeitura de Curitiba e da Prefeitura de São Paulo. Sem dúvida esses telecentros seria uma boa alternativa para levar o conhecimento ao uso da informática a mais pessoas principalmente as que não estão na escola, as que possuem alguma limitação física como o projeto Saci desenvolvido pela cooperativa de Universidades de São Paulo .
Existe uma lei de renúncia fiscal para as empresas que se comprometem na geração de tecnologia na construçao desses telecentros tentando capacitar mais pessoas e avançar tecnologicamente em nosso país. Mas, ainda são poucas as iniciativas quando falamos em proporcionalidade de população X informática em relação ao Brasil, principalmente, porque as regiões que mais necessitam desse serviço são as menos assistidas pelos seus governantes como as regiões norte e nordeste do Brasil.Nessas regiões o índice de analfabetos é altissímo, imagine chegar a estrutura de trazer e fazer uso da informática na vida real dessas pessoas, a dimensão, o abismo cultural a que me refiro é muito maior do que imaginamos. Ou seja, a inclusão digital tecnologica não pode se restringir somente a escola, a uma cidade, uma região e sim a uma nação que tenha consciência que sua vida pode ir além do limites territóriais, impostos pelo modelo de exclusão social a que vivemos e permanecemos inertes sem cobrar mudanças reais.

O autor aborda sabiamente sobre politicas públicas educacionais em prol da inclusão digital já que estamos em plena revolução tecnológica não podemos deixar de incluir a prestação de contas dos nossos governantes por meio da informatização. Exemplo disso é a Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o poder público seja de transparência à gestão do dinheiro público e à execução orçamentaria sendo divulgadas por meio eletrônico em cumprimento da norma legal.
Em resumo cabe uma responsabilidade imensa ao Estado – Nação implementar planos de inclusão digital que busquem inserir as camadas mais pauperrímas a ter acesso a informática como princípio básico de vida.
A atual revolução tecnológica aumentou a capacidade de se produzir, armazenar e processar informações, ampliando assim, o potencial do pensamento humano, fazendo parte dessa descoberta o nosso presente e futuro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário